Covid-19 e a guerra Rússia – Ucrânia impactam na inflação em Moçambique
“Moçambique não pode ficar imune aos acontecimentos globais, sobretudo da Covid-19 e da Guerra Rússia – Ucrânia”
Esta é a constatação do Standard Bank, apresentada no Briefing Económico realizado no passado dia 5 de Maio, na cidade de Maputo.
Segundo Fáusio Mussá, Economista-Chefe do Standard Bank, a inflação mundial, e no país em particular, resulta essencialmente do choque do lado da oferta, causada pela pandemia da Covid-19
No final de 2021 ao nível das economias mais avançadas havia uma tendência de aceleração da inflação e agravou-se com a situação da guerra na Ucrânia aumentando-se os preços dos commodities, sobretudo dos produtos energéticos, como petróleo e gás natural, mas também de importantes produtos alimentares.
Em resposta a esses choques, bancos centrais a nível do mundo têm revisto em altas taxas de juros para conter a procura agregada, dado que existe menor elasticidade oferta no curto prazo.
Para Fáusio Mussá, é preciso reduzir a procura a nível global. Nestes termos, a questão que colocada pelo economista-chefe é: será que a redução da procura a nível mundial induzida pelo aumento de taxas de juros irá levar a economia mundial para uma recessão?
Moçambique sendo um país importador de combustíveis e alimentos, tem, naturalmente, sofrido com a volatilidade destes bens no mercado internacional, com impacto no nível geral de preços.
Ao nível doméstico, no início do ano, previa-se uma inflação em torno de 6 % em 2022. Porém, em Março foi revista para 7,6 %, e em Maio foi actaulizada para 9,4 %.
Para controlar a inflação, o Banco de Moçambique tem mantido uma política monetária restritiva, aumentando as taxas de juros de referência.
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